segunda-feira, 31 de março de 2008

RELATÓRIO DA ERC SOBRE PLURALISMO POLÍTICO


Já está na internet o relatório da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) sobre a avaliação do pluralismo político-partidário abrangendo os serviços de programas do operador público (RTP1, RTP2, RTPN, RTP Madeira e RTP Açores), tendo sido analisadas 3229 peças de Setembro a Dezembro de 2007. Na página xii do extenso relatório de 339 páginas lêem-se as principais conclusões do relatório:
  • Tendo em conta valores de referência definidos pela ERC, com base na representatividade eleitoral de cada partido, os dados obtidos na avaliação do pluralismo político-partidário na informação diária e não-diária do operador público de televisão revelam, como notas mais relevantes:
    a) Sub-representação sistemática do PSD em todos os blocos informativos analisados.
    b) Apagamento do PS, enquanto partido autónomo do Governo, nas peças da RTP1, RTP2 e RTPN.
    c) Sub-representação dos partidos da Oposição no Telejornal Regional da RTP Açores.
    d) Ausência, nos espaços de comentário político, de personalidades ligadas a correntes ideológicas e partidárias com expressão na sociedade portuguesa, para além daquelas que se encontram presentes nos programas As Escolhas de Marcelo e Notas Soltas de António Vitorino.
Trata-se de um importante estudo feito por técnicos muito qualificados da ERC (ficha de nomes nas páginas 6 e 7). Duas principais críticas a ele são o escasso período de análise (quatro meses no máximo) e a redução da análise do pluralismo político aos canais do Estado, limitações que serão rapidamente resolvidas, segundo informação que obtive. Os canais comerciais e de cabo serão próximo objecto de análise de resultados e ao longo de todo o ano civil. Uma outra crítica - externa, se quisermos - é a da falta de identificação de movimentos sociais (de causas, de ambiente), a qual resulta da sua não inclusão, dado ser definido o conceito de pluralismo político-partidário - e que constitui aquilo a que se chama de espaço público moderno ou novos espaços de cidadania.

Algumas pequenas notas, a partir da síntese acima identificada e de um relance ao conjunto do documento: 1) a televisão pública na Madeira parece ser a mais imparcial, apesar do peso de Alberto João Jardim (ou por causa disso), 2) o PS enquanto partido não tem actividade, situado que está no poder, sinal que ilustra bem (mal) a participação cívica nacional, 3) a sub-representação do PSD pode dever-se ao próprio partido e não a factores exógenos, 4) é difícil avaliar programas não diários como o Prós e Contras em termos de equilíbrio partidário como o estudo se propôs fazer (ou até programas de informação diária, como quando se lê na página 10: no "Telejornal da RTP1, cerca de 79% das peças emitidas nesse bloco informativo não cabem no âmbito da avaliação do pluralismo político-partidário, não sendo, por conseguinte, abrangidas pelo modelo aplicado às peças sobre o Governo e os partidos políticos").

JORNADAS DE COMUNICAÇÃO EM BRAGA


As XI Jornadas de Ciências da Comunicação (organizadas pelo grupo de alunos de Comunicação da Universidade do Minho - GACSUM) realizam-se nos dias 1 e 2 de Abril.

O tema destas jornadas é Verdade ou Consequência, uma alusão ao jogo com o mesmo nome, mas também o mote para debates sobre a responsabilidade do sector.

[ver mais aqui]

FESTIVAL INTERNACIONAL DE VÍDEO UNIVERSITÁRIO NO PORTO


A 1ª edição do Festival Internacional de Vídeo Universitário (U.Frame) vai decorrer de 1 a 5 de Outubro nas instalações do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto e na Biblioteca Almeida Garrett.

O U.Frame é o organizado pela Universidade do Porto (Portugal), em parceria com a UDC (Universidade da Coruña - Espanha). Segundo os organizadores, "Mais do que uma plataforma de competição, será um espaço de promoção da criatividade e novos formatos. Para tal inauguram-se duas áreas especiais de competição: Media Light (filmes feitos com telemóvel) e Second Life (filmes produzidos em ambiente virtual). Queremos promover encontros entre os estudantes da área audiovisual de todo o mundo e premiar a criatividade" (para mais informações, ver o sítio da
U.Frame e o vídeo de promoção aqui).

domingo, 30 de março de 2008

REFLEXÕES SOBRE O "JORNALISMO POSITIVO"


O artigo de Eduardo Cintra Torres (ECT), ontem editado no Público com o título acima, merece cuidada atenção.

Por jornalismo positivo entende-se o noticiar o que "de bom se faz por cá" (não apenas as desgraças). Por contraste com o jornalismo em si, que é dar notícias dos factos relevantes, sejam positivos, neutros ou negativos, conforme define o colunista. Os defensores do jornalismo positivo acham que o jornalismo negativo é uma espécie de manobra conspirativa contra o governo de serviço.

Vejo um sinal preocupante, e até perigoso, no último parágrafo do artigo de ECT, lendo-o como um silogismo: 1) há quem prefira o jornalismo positivo, 2) Salazar gostava de jornalismo positivo (proibição de notícias sobre crimes), 3) logo (deduzo a partir do seu raciocínio), os defensores do jornalismo positivo são semelhantes a Salazar.

Por isso, vou produzir alguns apontamentos acerca das afirmações ali contidas, sem subestimar o valor e criatividade do autor bem como destacar a importância do assunto.

Primeiro, a literatura do género não assume o quadro elaborado pelo colunista, mas traça mais elementos, o que complexifica a situação. Sigo Thomas Patterson ("Tendências do jornalismo contemporâneo", Media & Jornalismo, 2003, 2: 19-47). Professor da Universidade de Harvard, Patterson diz que as notícias mudaram muito nas duas últimas décadas, como resposta a uma situação muito competitiva, levando as empresas jornalísticas a aligeirarem a cobertura noticiosa dos acontecimentos. De que modo? Com notícias mais leves, diminuição do interesse pelas notícias, ascensão das más notícias ("as más notícias vendem-se"). Michael Schudson (The sociology of news, 2003: 91-99), a partir de Patterson, conclui que há um crescimento de cinismo e negativismo no registo político das notícias (período estudado: 1960-1992).

Em segundo lugar, os jornalistas tendem a ignorar que os políticos são capazes de fazer bom trabalho (aparte os oportunistas). Em terceiro lugar, os jornalistas vêem a política com um "esquema de jogo" (a "corrida de cavalos", segundo Estrela Serrano, que analisou campanhas presidenciais). Nesse "esquema de jogo", os jornalistas chamam a atenção para o conflito e para um pequeno número de indivíduos e não para as condições sociais e os interesses que esses indivíduos podem representar. Há, continua Schudson, um aumento gradual de sensacionalismo, uma redução de espaço dado às questões políticas e uma atenção crescente a estilos de vida, entretenimento e escândalo. Não nos podemos esquecer que, nos anos de 1990, surgiram termos como tabloidização e infotainment.

Se quisermos ser sintéticos: as notícias são mais cínicas e assentes no infotainment. Embora o estudo se aplique à realidade nos Estados Unidos, ela pode estender-se globalmente e não apenas regionalmente a Portugal, como defende ECT.

Realce-se ainda que a imprensa produz mais notícias negativas – pelo menos, há estudos que o afirmam nesse sentido. ECT tem uma agenda clara (críticas consequentes e legítimas à RTP, à ERC e ao governo de Sócrates), mas não pode, a partir dessas posições, falar em especificidade nacional.

Aconselho, por isso, uma dieta ao colunista: ler Patterson e Schudson e efectuar estudos empíricos como o suportado pelo primeiro destes autores.


Igualmente sugiro uma reflexão sobre o caderno em que ECT escreve regularmente, o P2. Muito colorido, o caderno P2 trata habitualmente de estilos de vida – sapatos, moda, vidas e desamores de estrelas e celebridades, arte e conforto – e belas páginas como as de João Benard da Costa ou o Bartoon de Luís Afonso, além de informação de espectáculos e uma página de "Pessoas" (na edição de ontem, havia seis notícias breves com cinco fotografias de mulheres bonitas e conhecidas do mundo dos media, além de uma outra onde se falava de Carla Bruni, dia em que o Público interrompeu uma série de três dias mostrando fotografias da senhora Sarkozy com elegantes e exclusivas toilettes). Todos estes elementos não são propriamente destinados a deitar governos abaixo. O que pode (e deve) temperar posições. É que os escritos de ECT aparecem em território de jornalismo positivo (sem o sensacionalismo dos jornais tablóides, claro).

DOCUMENTÁRIO EM ANTE-ESTREIA


Peregrinações, um documentário de Nuno Pires e Nathalie Benady, de 80 minutos, tem ante-estreia prevista para o dia 31 de Março, às 21:30, na Cinemateca Portuguesa.

Da sinopse do documentário lê-se: "Hideco lamenta não ter nascido em Portugal. Paulo considera o Japão a sua segunda pátria. Ela canta o fado em Tóquio, ele gere um salão de chá luso-japonês em Lisboa com ajuda da mulher, Tomoko. Dois retratos cruzados a duas mil léguas de distância".

REVISTA SOBRE PROBLEMAS LINGUÍSTICOS

Linguanet é uma revista online bianual dedicada aos problemas da língua, editada pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, agora em call for papers para o seu primeiro número.

Todos os números contemplam um texto de um convidado, artigos vários no âmbito do tema em estudo, artigos de tema livre e recensões. Línguas em Contraste abre o primeiro número. Assim, se trabalha na área das línguas e se interessa pelos Estudos Contrastivos, mande artigos até finais de Junho deste ano. Pode optar pelo email (Linguanet) ou pelo correio (CD para Clementina Santos, Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Católica Portuguesa, Palma de Cima, 1649 - 023 Lisboa). As línguas de trabalho são o português e o inglês.

KLIMT, KOKOSCHKA, SCHIELE



Gustav Klimt, Oskar Kokoschka e Egon Schiele são apenas três nomes do enorme universo artístico e cultural da Viena que passou do século XIX para o XX. Outros nomes famosos nos domínios da música, do cinema, da literatura e das ciências exactas deram igual destaque à cidade, marcando-a com uma qualidade ímpar, nascendo e desenvolvendo lá o seu trabalho (ou tornando-se cidadãos do mundo): Sigmund Freud, Alban Berg, Arnold Schönberg, Anton Webern, Frtiz Lang, Josef von Stenberg, Adolf Loos, Otto Wagner, Victor Adler, Ludwig Boltzmann, Herman Broch, Alois Riegl, Arthur Schnitzer e Ludwig Wittgenstein. Mas ainda Robert Musil, Wilhelm Reich, Joseph Schumpeter. O edifício da Secession é um dos magníficos exemplos, perto dos edifícios de Wagner e não muito longe do palácio de Beleverde (que são dois), onde a obra de Klimt e dos seus pares pode também ser apreciada.

A obra de Klimt é mais conhecida, do ponto de vista da massificação da cultura (caso da pintura O beijo ou do painel a Beethoven, no edifício da Secession), mas Kokoschka é um pintor que ocupou o lugar de Klimt após a sua morte enquanto expoente máximo vienense. Kokoschka, com uma exposição temporária até 12 de Maio no Belvedere, merece toda a atenção. Um expressionismo forte, uma arte dedicada aos cartazes e às revistas (ver Der Sturm), nus estilizados são algumas das ideias fortes deste pintor que teve uma grande paixão por Alma Mahler. Alma, de vida sentimental atribulada, não terá retribuído; Kokoschka encomendou um boneco que a lembrasse, mas este veio tão tosco que nada a fazia comparar à mulher.

Klimt e Schiele desapareceram em 1918, ficando Kokoschka. Schiele tinha 28 anos, quando começava a ganhar prestígio depois de uma juventude de fortes controvérsias, dividido entre a modelo de alguns dos seus trabalhos (e que já fora de Klimt), Wally Neuzil, e Edith Harm, com quem casaria. Desgostosa, Wally alistou-se na Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra Mundial, acabando por morrer de escarlatina na frente dos Balcãs; entre Outubro e Novembro de 1918, Edith e Schiele morriam da gripe espanhola.


sábado, 29 de março de 2008

O SENHOR NA PRIMEIRA FILA


Observação prévia: título usado na coluna "Ciberescritas", de Isabel Coutinho, do jornal Público (caderno "Ípsilon") de ontem.

O texto anda à volta da apresentação - da segunda apresentação, como se fosse um road-show - do livro de José Afonso Furtado, O papel e o pixel, no passado dia 20 (e que aqui dei conta, através de um pequeno vídeo).

Isabel Coutinho apresenta o autor no primeiro parágrafo e faz o mesmo com os convidados da tertúlia: Rui Zink, Nuno Seabra Lopes e Paulo Ferreira. Aproveita ainda o segundo parágrafo para falar de um senhor que se sentava, isolado, na primeira fila. Pergunta a jornalista: "A fazer o quê, logo na primeira fila? A resposta chegou no dia seguinte".

Nesta narrativa cria-se algum suspense, apesar da pronta nomeação do senhor da primeira fila - eu, o autor do vídeo colocado no blogue no dia
20. Nessa noite - aliás, no dia 19 bem perto da passagem para o dia seguinte - eu havia posto uma mensagem dizendo esperar incluir o vídeo no dia seguinte.

Continua a jornalista, já nos quarto e quinto parágrafos:

"E, no dia seguinte, o vídeo lá chegou. O som pode não estar perfeito, a qualidade da imagem também não. Mas o que é que isso interessa? Ele estava lá, na primeira fila e vocês [leitores] não. E através do seu blogue ficamos a saber o que se discutiu. Não sabemos se ele estava a fazer a captação da imagem e som com um telemóvel ou com uma máquina digital, nessa altura ele era só alguém que sabe-se lá porquê se tinha sentado na primeira fila, mas o que sabemos é que o mundo mudou. Hoje, qualquer pessoa com escassos meios consegue ser criador de conteúdos. E mais, facilmente consegue disponibilizá-los rapidamente, gratuitamente, para todos os que estão ligados em rede.

José Afonso Furtado, por sua vez, colocou este vídeo no seu perfil do Facebook e todos os seus amigos ficaram a saber que ele existe. E quem quis enviou-o de novo para outros amigos que se interessam por estas matérias.


No que me diz respeito, muito obrigado a Isabel Coutinho pelas referências simpáticas. Um leitor fiel do jornal e da sua coluna.

O REGRESSO DO AMIGO INVISÍVEL


Os comentários do amigo invisível do blogue sucedem-se quase em catadupa. Já o tinha caracterizado no dia 15. Ficam aqui mais alguns desses comentários [os caracteres estranhos que se observam resultam do programa informático não ler directamente os acentos].

Só lamento que os comentários levem assinatura anónima. Por que causa? É que o anonimato não constitui uma boa causa.

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "NUVENS COM ANTENA DE TELEVISÃO NA EXPECTATIVA": "NUVENS COM ANTENA DE TELEVISÃO NA EXPECTATIVA"Sim, o aguaceiro começou 14 minutos depois."Não digas nada (..). Palavra de honra que não é preciso dizer nada..." Antonio Lobo Antunes, Migalhas, Visão,24 Março 2008. Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/24/2008 08:22:00 PM

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "
MEMÓRIA DE PAPEL, MEMÓRIA DE ELEFANTE": Bom sabado ( que ja foi de Aleluia !), continuaçao de bom descanso. Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/22/2008 11:59:00 AM

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NUVENS COM ANTENA DE TELEVISÃO NA EXPECTATIVA": Ir a caminho ... dos poetas".. Digo-lhe para não ter medo. Lembro-me do meteorologista que vi de manhã e digo-lhe:- Estamos a afastar-nos da tempestade. A caminho da cidade de Bernardim Ribeiro. Foi do que me lembrei. - Bernardim Ribeiro. Um homem que inspira confiança. Estamos a caminho de casa."Retirado do blogue, A Natureza do Mal, 20 de Março. Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/22/2008 12:14:00 PM

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NOTICIÁRIO": "...nada mais horrível vai acontecer de imediato." Mas bem sabe que o horrível não pára de acontecer. Nao é por o noticiário o mostrar ou ocultar que ganha ou perde existência. É uma ilusão essa - o limpar as feridas. Melhor é lambê-las com a « língua » amarga. O que arde nao apazigua, mas mantém vivo! Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/18/2008 10:27:00 PM

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NOTICIÁRIO": Mas nao ha tempestades no "noticiario". So aquelas que acontecem na realidade e essas, as do NOTICIÁRIO", distanciam. A "peça jornalística" nao reflecte, nao apazigua, nao traz calma, nao limpa, nao suaviza. Tal como é aqui descrita, pensamos, sim, que ela gostaria de recuperar a funçao catartica da tragédia grega. Mas nao ha tragédia no mundo de hoje. So a banalizaçao do Mal e a alienação. Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/18/2008 09:49:00 PM

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CLUBE DE CONTADORES DE HISTÓRIAS": le thé...et en plus, vous savez, les vraies aimantes de thé se refusent à boire du thé en sachets. Elles l'achètent dans des boutiques pleines de belles boites que la vendeuse ouvre pour leur faire sentir et elles discutent de sa provenance, parfum, les petites feuilles, les grandes feuilles, un thé de printemps, de première récolte, un thé fermenté...Elles l'achètent en vrac, elles sortent avec leurs petits paquets fières de leur choix, en courant, pressées de le savourer en bonne compagnie... « …tranquilidade e agrado de estar onde se está » Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/16/2008 06:49:00 PM

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CLUBE DE CONTADORES DE HISTÓRIAS": "Um chá raro, lapidado por quem sabe"Senhor Professor,A poesia nunca vendeu coisa alguma, nem sequer ela mesma se vende. Resulta daqui que a publicidade está mal feita e a sua interpretação tem sentido, ou o contrario.Para mim, está mal feita e não é poesia. O que esta mal feito não tem funçao. Se nao vejamos. O Senhor põe sem destaque as associações pirâmide, diamante, precioso, ervas, algas, agua. Esta feito o chá! Em seguida fala do que la nao está que, como sabe, é projecção sua.O Anúncio é um « pot-pourri" " - mau chá - feito de lugares comuns: Oh, le Louvre, je connais, donc je suis inteligent cosmopolite. Point final.Et le thé? Les gens l'apprécient de moins en moins. Alors on se régale de ces belles images qui nous reflètent..Est-ce que je vais l'acheter ce fameux thé ? Non. Le thé des vrais connaisseurs ne se regarde pas, il sent bon, il aura toujours une belle couleur dans ma tasse de thé!Elle est comment votre tasse de thé? Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/16/2008 06:30:00 PM

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "
CLUBE DE CONTADORES DE HISTÓRIAS": Oh la peur cette bête qui nous poursuit, nous fait devenir fous. On se cache, on se déguise, mais il n'y a rien à faire elle nous attrape toujours. Et toi, tu as peur de quoi?Moi je ne mors pas, je t'ai juste découvert, j'ai aimé ta simplicité si rare de nos jours. Et toi tu as peur des gens, qu'on te regarde, qu'on te dise que tu donnes de la place à des " folles" et tu as peur de pedre ta crédibilité. Tu es comme tout le monde, ne t'affole pas, je ne te veux pas de mal et en plus je te comprends. Je pense au Président Nicolas qui est en train de refaire son image... après le " casse toi pauvre con! "C'est dans l'ordre des choses. On veut garder sa place. Il n'y pas pas de place pour ceux qui la font aux "pauvres cons", ou d' autres pareilles. Il suffit d'être pauvre... et si on est pauvre on est con et on est fouttu!Ce qui est bien c'est qu'on a même prévu de les garder la peine accomplie..."C'est un monde de fous", Shakespear Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/16/2008 04:42:00 PM

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "
CLUBE DE CONTADORES DE HISTÓRIAS": "Sítio a espreitar." = TROUAttention, piège!Tu vas te faire piéger. N'y entre pas. C'est faux, il n'y a rien là dedans. On va te casser les dents, pauvre con(ne)! Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/16/2008 04:24:00 PM

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "
CLUBE DE CONTADORES DE HISTÓRIAS": "Um chá raro, lapidado por quem sabe".Nao é rara mas sempre singular a vontade de calar a boca. E eu crédula pensava ter achado um "bem haja do coração". Não, não há. Todavia, é sempre um prazer acrescentar + 1 à lista dos que gostam de poesia com chá. Elas são boas leitoras e nós escrevemos os livros. Às vezes, em dias melancólicos, esforçamo-nos : on laisse le trou ouvert. Mais c’est un piège. Quelle (m)Alice! Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/16/2008 04:19:00 PM

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "
ANTENA 2": A antena 2 está melhor, tal como o programa da manhã magistralmente conduzido pelo Paulo Alves Guerra.Excelente trabalho também para o Rui Pêgo e João Almeida que tudo estão a fazer para a antena2 ser verdadeiramente uma rádio cultural, sem o snobismo atrofiado dos tempos passados.As rádios do grupo RTP, têm que ter ouvintes , caso contrário não se justifica para um produto que não é ouvido pela generalidade dos pagantes.O tempo do dinheiro ser mal empregue já lá vai, os contribuintes estão mais exigentes nesse aspecto e ainda bem.Em conclusão, nota bastante positiva para a antena2. Eu dar-lhe-ia 16,5 valores. Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/16/2008 03:35:00 PM

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "CLUBE DE CONTADORES DE HISTÓRIAS": "CLUBE DE CONTADORES DE HISTÓRIAS"e do muito que se pode fazer com livros:(...) Com o que pode parecer tique geracional, ou teoria devalidade excessivamente privada, nesta cidade apeteceviver à volta de livros: da leitura de livros, da comprade livros, da consulta às bibliotecas (logo pela manhã),da escrita de livros (dos seus esboços, notas, hipótesesde títulos), da visita às livrarias, da troca de livros…e há profissões que apetece ter, como leitor ao domicílio(como as antigas liseuses, que até criaram a moda deum afago para os ombros nas horas de leitura), editor,crítico (sim, apesar da crise da legitimação), autor deum programa de televisão ou de rádio (pela manhã eentendível), bibliófilo, revisor de provas... é tanto o quese pode fazer com livros e muito o que os livros podem fazer por nós. (...)António Pinto Ribeiro, a face oculta, notas de viagem, in OBSCENA 10, Março 2008. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/15/2008 08:10:00 PM

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "CLUBE DE CONTADORES DE HISTÓRIAS": Melancolia...Muita nostalgia por estas bandas. Da infância, dos amigos do peito, das historias de amizade...Estamos quase na Primavera. Nos livrinhos de historias dos meus filhos havia um, de capa verde limao, das estaçoes. A Primavera é o tempo a crescer... Por que sera que a amizade bonita como esta tem de ficar naquele tempo, e nos de a visitarmos nos dias em que precisamos de um amigo como o Rogério? Sim porque eu (também) queria ser o Joao e ter um amigo Rogério. Publicar este comentário. Rejeitar este comentário. Moderar comentários neste blogue. Publicada por Anónimo em INDÚSTRIAS CULTURAIS a 3/15/2008 06:31:00 PM

sexta-feira, 28 de março de 2008

JOALHARIA


Alberto Gordillo expõe Joalharia Moderna na livraria Círculo das Letras (esquina da rua Augusto Gil com a avenida Óscar Monteiro Torres, em Lisboa), a partir da próxima 4ª feira, dia 2 de Abril. A inauguração ocorrerá às 18:30.

NÚMERO MAIS RECENTE DE JJ


O número 33 da revista Jornalismo & Jornalistas (Clube dos Jornalistas), referente a Janeiro-Março deste ano, traz textos sobre jornais, rádio e internet.

Destaco o texto de J.-M. Nobre-Correia sobre os media na Península Ibérica, as entrevistas a Céu Neves (que ganhou o prémio europeu "Pela diversidade, contra a discriminação" com peças publicadas no Diário de Notícias sobre as condições dos emigrantes na Holanda) e a José Manuel Rosendo (jornalista da Antena 1) e o estudo sobre o suplemento "DN Jovem", por Helena de Sousa Freitas.

Mas o trabalho que mais me impressionou neste número da JJ foi a entrevista feita a Homero Serpa, por Fernando Correia e Carla Baptista. Homero Serpa, recentemente falecido, foi um dos nomes mais importantes do jornal A Bola, tendo pertencido a uma geração de há cinquenta anos que "deu um contributo decisivo para a criação do moderno jornalismo desportivo português". Do começo da sua actividade enquanto jornalista, lê-se na entrevista:


  • Ao princípio eles [os da Bola] não pediam muita coisa, mas a partir de certa altura passei a ser um colaborador quase redactor, porque era utilizado todos os dias. Entrei como redactor em Julho de 1965. Isto quer dizer o seguinte: não havia escolas de jornalismo, a verdadeira escola era a colaboração. A pessoa entrava, se tinha jeito continuava, se não tinha... Foi o que me aconteceu, fui redactor em part-time durante um tempo. Entretanto, eu acumulava (ninguém podia viver de colaborações, claro) com outro emprego, era funcionário de escritório da Carris, onde fui subchefe do serviço contencioso, até que se criou o departamento de relações públicas e eu passei para aí.
Aproveito a ocasião para mandar um abraço ao Fernando Correia e à Carla Baptista, autores da entrevista acima salientada e cujo notável trabalho desenvolvido no projecto Memórias vivas do jornalismo, no interior do Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ), resultou na publicação do livro Jornalistas, do ofício à profissão-mudanças no jornalismo português (1956-1968), lançado o ano passado (e de que fiz uma referência aqui). Contudo, este projecto foi mal classificado em recente avaliação da Fundação Ciência e Tecnologia (júri constituído apenas pelo professor Adriano Duarte Rodrigues). Em meu entender, foi uma muito injusta avaliação, a qual merecia ser seriamente reapreciada. A investigação em geral e a história do jornalismo e dos media assim o exigem.

quinta-feira, 27 de março de 2008

ANÚNCIO DA GOOGLE ANTEONTEM

  • Temos o prazer de anunciar que a Google se associou ao Yahoo! e ao MySpace na criação de uma fundação sem fins lucrativos para a governação aberta e transparente das especificações e propriedade intelectual do OpenSocial. Esta fundação, modelada segundo a OpenID Foundation ligada à comunidade e apoiada pela indústria, procurará assegurar que a tecnologia do OpenSocial seja implementada por todos e para sempre, livremente e sem qualquer restrição. O estabelecimento da fundação é um importante passo na direcção de um modelo aberto para a aplicação da internet crescentemente social, convidando todos e encorajando no seu envolvimento enquanto se completa o processo nos próximos meses.

    Complementarmente, a Google tem o prazer de ser parte do lançamento do
    opensocial.org, o novo sítio oficial para as especificações e desenvolvimento da comunidade do OpenSocial.
O jornal Financial Times, de ontem, noticiava que quer a Google quer a Yahoo! não têm ainda uma rede social de peso, ao contrário do Facebook (que tem ainda o Vimeo) - contra quem esta nova associação pretende concorrer. O Google tem um sucesso limitado com o Orkut (e muito devido ao Brasil, que adoptou essa rede social) e o Yahoo! tem tido mais êxito com o Flickr, sítio de alojamento de fotografias. A iniciativa OpenSocial visa ainda complicar a possibilidade de aquisição da Yahoo! pela Microsoft.

LIVROS ANTIGOS EM FRANÇA


O sítio Livres & Autographes, em Le Bas Coudray (França) anuncia a abertura da sua livraria em Becherel, a Cité du livre, onde se podem encontrar mais de uma vintena de livreiros e artesãos do livro, além de autógrafos e gravuras.

Para Jean-Louis Yaïch, da referida livraria, há livros antigos dos

Deixo aqui uma só recomendação de livro antigo, Presse et littérature, da Librairie Valois, de Paris, com 160 páginas, editado no ano de 1924, pelo preço de €30.

BRATISLAVA, ALI PERTO DE PRAGA E VIENA


Bratislava, capital da Eslováquia e junto ao rio Danúbio, tem cerca de meio milhão de habitantes. Foi, durante muito tempo, chamada Pressburg ou Pozsony, uma das mais importantes cidades no império austro-húngaro, onde se falavam as línguas eslovaca, alemã, húngara e mishmash (língua que misturava palavras das outras três línguas). Maria Theresa foi coroada rainha da Hungria na catedral de São Martinho em Pressburg. No total, a Eslováquia possui cinco milhões de habitantes e esteve ligada à República Checa entre 1918 e 1999.

Lê-se no sítio oficial da
cidade que, como Viena, a população de Bratislava gosta de passear nas ruas do centro da cidade e tomar um café num dos seus numerosos cafés. Não me parece assim, antes pelo contrário. Bratislava distingue-se muito daquela cidade, assim como de Praga, cidade de grande cosmopolitismo do antigo país chamado Checoslováquia.

FESTIVAL INTERCÉLTICO NO PORTO

EXPOSIÇÃO DE JOSÉ BECHARA

FESTA DA DANÇA 2008

Dentro do programa das comemoração do Dia Mundial da Dança (29 de Abril), a REDE- Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea propõe iniciativas a que deu o nome de Festa da Dança, a ter lugar de 29 de Abril a 4 de Maio, em vários espaços na cidade de Lisboa.

Para saber mais informações, procurar em REDE - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea.

quinta-feira, 20 de março de 2008

MEMÓRIA DE PAPEL, MEMÓRIA DE ELEFANTE


O blogueiro vai aproveitar os próximos dias para descansar. E revigorar a sua memória, massacrada por muitos afazeres, desligando-se, por uns dias, de computadores, telefones, aulas e reuniões.

Votos de uma Boa Páscoa.

INDÚSTRIAS CRIATIVAS E APOIO DA UNIÃO EUROPEIA


No passado dia 12, no sítio da EurActiv.com, Žiga Turk, ministro esloveno para o Crescimento, considerou que apoiar as indústrias criativas através de melhor protecção à propriedade intelectual e desenvolver uma infra-estrutura em tecnologias da informação a nível mundial devem ser prioridades para a União Europeia, numa altura em que países como a China e a Índia tomam a dianteira em termos de investigação e inovação científicas.

Se a estratégia de Lisboa (2000) apontou o conhecimento e a inovação científica como grandes objectivos, as empresas e instituições europeias precisam de desenvolver a sua criatividade. Por exemplo, a área da economia criativa tem na Europa vantagens globais, atendendo ao património cultural, à estética e a designers e arquitectos de nomeada, indicaria Turk [imagem do ministro retirada do sítio acima citado]. E continua: "As indústrias criativas são na Europa mais fortes que a indústria automobilística. É a sua indústria criativa que faz com que a diferença de valor numa chávena de café seja €0.05 ou €5, apesar dos custos semelhantes na Europa ou na China".

Melhorar o sistema de ensino superior é outra meta, segundo o ministro esloveno. Melhores cursos universitários significam valor acrescentado para as empresas que admitem empregados com essas qualificações: apesar de "muito boas ou de qualidade média, falta à Europa ter universidades excelentes". A Europa precisa de restringir a forte emigração de cientistas e engenheiros para os Estados Unidos, manifestou o mesmo responsável, assegurando lugares compatíveis com a qualidade de tais trabalhadores.


Estas informações seriam dadas previamente à Cimeira Europeia da Primavera, que decorreu em Bruxelas nos passados dias 13 e 14. A Eslovénia é o país que preside aos destinos da União Europeia no presente semestre.

[agradecimentos a Pedro Fonseca pela dica]

SOBRE A TERTÚLIA DE ONTEM


O vídeo junto mostra uma parcela da tertúlia de ontem ao fim da tarde na livraria Círculo das Letras em torno do livro O papel e o pixel, de José Afonso Furtado, em que participaram, para além do autor, Rui Zink, Nuno Seabra Lopes e Paulo Ferreira.


quarta-feira, 19 de março de 2008

CONVERSA EM TORNO DO LIVRO DE JOSÉ AFONSO FURTADO


Foi hoje ao fim da tarde, na livraria Círculo das Letras. À volta do livro O papel e o pixel, de José Afonso Furtado. Ele, Rui Zink, Paulo Ferreira e Nuno Seabra Lopes falaram de livros e digitalização.

Espero amanhã publicar um vídeo das várias intervenções.


QUARTETO


Definitivamente, os cinemas Quarteto não voltam a passar cinema (já o anunciara aqui há meses). O primeiro multiplex do país fechou mesmo as portas para sempre.

Fica a memória dos seus espectadores.

TEATRO NO MONTIJO


No Cinema-Teatro Joaquim d'Almeida (CTJA), no dia 27, pelas 21:30 (Dia Mundial do Teatro), O Universo de Tim Burton, em encenação de Catarina Romão Gonçalves, interpretação de Pedro Vaz de Carvalho, cenografia e figurinos de Adelino Lourenço, selecção musical de Catarina Romão Gonçalves, coordenação técnica de Carlos Garcia e produção do CTJA.

OFICINA DE FOTOGRAFIA EM COIMBRA


A editora MinervaCoimbra promove, no dia 25 de Março, uma oficina de fotografia com Vítor Garcia, sessão a iniciar às 16:00 e a decorrer na Livraria Minerva (Rua de Macau, 52 - Bairro Norton de Matos), em Coimbra.

No final, serão escolhidos os 1.º, 2.º e 3.º lugares dos vencedores do concurso de fotografia A Cidade e o Livro promovido pela Livraria Minerva, em parceria com o Instituto Técnico Artístico e Profissional de Coimbra (ITAP). As dez melhores fotografias ficarão expostas na Galeria Minerva até ao dia 2 de Abril.

O evento é organizado por Ana Rita Carvalho, finalista do Curso Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade do ITAP, no âmbito da sua prova de aptidão profissional.


Mais informações através do email minervacoimbra@gmail.com.

60 ANOS DO HOT CLUBE DE PORTUGAL


Foi a 19 de Março de 1948 - passam hoje 60 anos - que Luís Villas-Boas fundou o “Hot Clube de Portugal” – o principal centro divulgador do Jazz em Portugal. Nesta sua longa existência, o Hot Clube trouxe ao nosso país inúmeros músicos de renome internacional, sendo lá fundada primeira escola de Jazz portuguesa (retiro as palavras do blogue A Rádio em Portugal; o vídeo é do jornal Expresso).



Observação: estou a gostar de ouvir a emissão da Antena 1 sobre o aniversário do Hot Clube, do Paulo Alves Guerra.

MEMÓRIA DE PAPEL


Por esquecimento, o blogueiro não assinalou aqui os aniversários da TSF (29 de Fevereiro de 1988) e do Público (5 de Março de 1990). São dois media de valor incalculável. Fica aqui a minha homenagem e reconhecimento, embora tardios.

Também não aludi à nomeação de Pedro Mexia como subdirector da Cinemateca Portuguesa. Espero que a promessa do jovem Pedro Mexia se torne uma realidade, pois a instituição merece gente de força e valor como tem tido (observação: no sítio das notícias da própria Cinemateca ainda não está colocada essa informação. Igual memória de papel? Ou pura distracção?).

427 HORAS DE PUBLICIDADE NA TELEVISÃO


No pretérito mês de Fevereiro, segundo dados da MediaMonitor, os quatro canais televisivos de sinal aberto passaram 427 horas de publicidade comercial nos seus ecrãs (não inclui a auto-promoção). São mais 0,7% do que no mês homólogo de 2007 e representa uma média diária de 3 horas e 40 minutos por canal.

Segundo a análise da Marktest, a duração média dos spots publicitários no mês passado foi de 27 segundos, variando entre 17 segundos na RTP2 (anúncios institucionais e não comerciais) e os 38 segundos no outro canal público, a RTP1. A duração média das peças publicitárias na SIC foi de 26 segundos e na TVI de 23 segundos.

Há outros dados interessantes não revelados agora e que seriam úteis para uma melhor percepção do programa publicidade. Caso do total de horas por dia que cada canal realmente ocupou com a publicidade, pois, apesar de maior duração média dos anúncios na RTP1, os dois canais comerciais têm períodos mais longos de publicidade.

terça-feira, 18 de março de 2008

MOSELEYCREATIVEFORUM (BIRMINGHAM)

REVISTA ANGOLANA DE SOCIOLOGIA

A Sociedade Angolana de Sociologia está a preparar a edição da Revista Angolana de Sociologia, com o apoio da Editora Pedago (sede em Mangualde, Portugal). A revista propõe-se publicar textos de autoria de sociólogos e outros investigadores sociais, angolanos e de outras nacionalidades. Os textos a publicar na revista devem ter cariz sociológico, ainda que o(s) seu(s) autor(es) tenha(m) qualquer outra profissão.

A revista terá periodicidade semestral, devendo este ano sair dois números da revista (Julho e Novembro). Para o 1º número, os textos devem ser-nos remetidos em formato digital, até ao próximo dia 30 de Abril. Para o 2º número, o prazo de envio dos textos é o dia 30 de Junho de 2008.

As secções previstas para a revista são: 1) artigos (textos de cariz teórico, metodológico ou pedagógico, normalmente fruto de pesquisa científica, com particular destaque para a realidade sociológica angolana [até 20 págs. formato A4]), 2) projectos (para publicação de projectos ou relatórios de trabalhos de investigação científica relacionados com a sociologia e disciplinas afins, preferencialmente respeitantes à sociedade angolana [até 20 págs. formato A4]), 3) livros (inclui recensões e apresentações de livros de cariz sociológico ou com temática de utilidade para a Sociologia [até 3 págs. formato A4]), 4) bibliografia (com textos de informação bibliográfica acerca de temáticas de cariz sociológico, com particular destaque para temas da realidade sociológica angolana e africana [até 20 págs. formato A4]), 5) notícias (com notícias relacionadas com a actividade dos sociólogos angolanos e da Sociedade Angolana de Sociologia (inclui nomeações, prémios, memorial e obituário) [até 2 págs. formato A4, para além da bibliografia]).

Enviar textos ou contactar a revista: revistangolanasociologia@hotmail.com, revistangolanasociologia@yahoo.com.br.

O IMPACTO DA BANDEIRA EM CINTRA TORRES


Saiu, no número mais recente do Observatório, um artigo de Eduardo Cintra Torres sobre o tema Bandeira e multidão, dois símbolos nacionais. Cintra Torres é crítico de televisão no jornal Público e docente na Universidade Católica Portuguesa, estando a preparar o doutoramento no Instituto de Ciências Sociais.

No abstract, lê-se:
  • A bandeira nacional e a multidão nacional funcionam como símbolos irmãos quando se desenvolve a fase final dos nacionalismos no século XIX e princípio do século XX, prosseguindo até à actualidade. Este ensaio pretende encontrar a coincidência da representação iconográfica dos dois símbolos num conjunto significativo de obras, em especial da pintura ocidental. De forma abstracta a primeira e de forma concreta a segunda, bandeira e multidão são representações de substituição da comunidade nacional. Partindo de Delacroix até ao presente, este artigo acompanha as subtilezas da representação conjunta dos dois símbolos. No final, este percurso permitirá confirmar as observações de Durkheim sobre a relação do totem e do emblema com os «princípios» que representam e interrogar se a consideração da efemeridade da multidão não deverá ser reequilibrada face à perenidade das suas representações.
Retiro do texto imagens de Veloso Salgado (Alegoria à eleição dos candidatos republicanos à Câmara Municipal de Lisboa em 1908), Nikias Skapinakis (Delacroix no 25 de Abril em Atenas) e encenações colectivas ou individuais por altura do Europeu de futebol de 2004 e no apoio Mundial da mesma modalidade em 2006.

DEBATE COM JOAQUIM FURTADO


Sobre a primeira parte da série televisiva A Guerra, daquele autor, no dia 28 de Março, pelas 17:00, no Auditório 1, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (av. de Berna), com o autor e moderado por Pedro Aires Oliveira, numa iniciativa do Instituto de História Contemporânea.

Podemos considerar a série "um marco na produção de documentários televisivos em Portugal, e um objecto de indiscutível interesse para todos os estudiosos do passado colonial português", lê-se no comunicado da entidade organizadora. Para além de Joaquim Furtado, a sessão contará também com participações de Ansgar Schaffer, Cláudia Castelo, Irene Pimentel, José Medeiros Ferreira, Manuel de Lucena, Maria Alexandra Dáskalos e Valentim Alexandre.

NOTICIÁRIO

  • Acho que uma das funções do noticiário é provocar uma tempestade tão violenta que só se possa dissipá-la com a cobertura. A cobertura elimina a pressão, pode-se resolver uma situação dando-lhe a máxima cobertura. De um certo ponto de vista, isso é decepcionante; mas, de outro, assegura a sobrevivência (Marshall McLuhan).
In Stephanie McLuhan e David Staines (org.) (200%). McLuhan por McLuhan. Entrevistas e conferências inéditas do profeta da globalização. Rio de Janeiro: Ediouro, p. 296

Muitas vezes, parece-me, a peça jornalística, apesar da enorme desgraça que reflecte, traz calma ou apazigua: o acontecimento já passou, a comunidade trata agora da solidariedade, limpa as feridas; nada mais horrível vai acontecer de imediato.

NUVENS COM ANTENA DE TELEVISÃO NA EXPECTATIVA

À espera de chuva?

Sim, o aguaceiro começou 14 minutos depois.

segunda-feira, 17 de março de 2008

CINCO ANOS DE BLOGUE


O blogueiro ia-se esquecendo: o IC faz hoje cinco anos. Foi a 17 de Março de 2003 que escrevi "Este blogue destina-se a apresentar textos sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, videojogos, publicidade)".

Nos primeiros meses, o número de mensagens foi irregular. Mas desde finais desse ano de 2003, o blogue passou a constituir o meu caderno de apontamentos, que partilho gostosamente com os meus leitores - e amigos invisíveis -, tendo atingido já
718.103 visitantes únicos [imagem a partir de Clicket.com].

Os meus agradecimentos sinceros.


Actualização:

Soledad Caballero
¡Felicitaciones por los cinco años y muchas gracias por compartir los escritos de Industrias Culturales!Saludos,Soledad-- Soledad CaballeroMontevideo - Uruguayhttp://serendipity.wikispaces.com/soledad.caballero@gmail.com
seg 17-03-2008 23:34

Maria Froilas
Parabéns
!!!!!
seg 17-03-2008 23:01

CARAVANA É UM LIVRO DE RUI MANUEL AMARAL


Caravana, um livro de Rui Manuel Amaral, editado pela Angelus Novus, a lançar em breve. Rui Manuel Amaral é igualmente blogueiro de Dias Felizes e um dos responsáveis da revista aguasfurtadas.

Observação: os cães do vídeo não são ferozes. Estão apenas a ver a Caravana a passar :).



Mais sobre o livro

Caravana: um desfile de pequenos e grandes absurdos corporizados em pequenas criaturas de nomes estranhos. Uma fauna estranha mas nossa próxima, nossa vizinha, nossa irmã. A microficção portuguesa ganha em Rui Manuel Amaral, e nesta Caravana, a sua carta de alforria. “Estamos tão habituados a sofrer ou a vergastar o absurdo do país, que nos esquecemos que há um absurdo maior, tão antigo quanto a humanidade e tão salutar quanto arreganhar os dentes à ordem do universo. Os micro-contos de Rui Amaral fazem-nos rir de uma forma metafísica e perfeitamente natural. Eis um autor que sabe que o absurdo é irmão gémeo da lógica do mundo, e não receia experimentar a sua companhia. Não há muitos em língua portuguesa. Devíamos tratá-lo como espécie protegida.” Luís Mourão (no sítio da Angelus Novus).

Livro sobre infografia

O livro de Susana Almeida Ribeiro, Infografia de imprensa. História e análise ibérica comparada, agora editado, trabalha um universo ainda inédito em Portugal.

Dividido em três partes (definição, objectivos e tipologias; história e análise da infografia de imprensa em Portugal e Espanha; infografia jornalística digital animada), o livro começa por abordar a definição da palavra. Infografia, que parte do inglês information graphics, decompõe-se em info (informação) e grafia (de desenho), aliando dois tipos de linguagens, a textual e a visual.

Área de fronteira entre o texto e a imagem, a infografia estudada no livro é a que diz respeito ao jornalismo. A infografia costuma acompanhar as notícias de ruptura (acontecimentos imprevistos e de grande impacto na vida e na opinião pública) e é produzida por profissionais mestiços (oriundos de áreas como as belas-artes e design publicitário, a que juntam a necessidade do discurso jornalístico), com características específicas de utilidade e visualidade.

Na segunda parte do texto, Susana Almeida Ribeiro estuda a história da infografia da imprensa em Portugal e Espanha, comparando a produção de infografias em quatro jornais (dois portugueses, Público e Diário de Notícias, e dois espanhóis, El Pais e El Mundo). Os jornais espanhóis são os que editam mais infografias próprias.


Curiosa a descoberta da autora sobre a mais antiga infografia portuguesa e que ilustra a capa do livro, a publicada originalmente na Gazeta de Lisboa Ocidental, em 21 de Janeiro de 1723. Trata-se do desenho de uma baleia que teria entrado no rio Tejo e subido até à zona de Madre de Deus e seguira para a área de Cacilhas, onde ficou em seco após a maré vazar, urrando de modo tão veemente que assustou os moradores daquele local (p. 98). Susana Almeida Ribeiro entende que a imagem da baleia é o segundo mais antigo infograma de imprensa identificado em todo o mundo.

A terceira parte do livro editado pela Minerva de Coimbra aborda a infografia jornalística digital animada, definida pelas seguintes características: multimedia, hipertextualidade, interactividade, personalização do conteúdo e imediatismo/actualização constante. Trata-se de uma área ainda jovem em Portugal.

O trabalho apurado da investigadora leva-a a contabilizar o número de infografistas nos jornais nacionais, as suas origens académicas e a produção semanal ou mensal de trabalhos. E ainda a revelar a inexistência de disciplinas ou cursos universitários numa área de crescente importância no mundo dos jornais. Num mundo cada vez mais dominado pela imagem (televisão e internet), há uma maior necessidade da visualização de factos e acontecimentos, possibilitada pela combinação de imagens e textos.


Trabalho que parte de tese de mestrado defendida na Universidade de Coimbra, Susana Almeida Ribeiro é jornalista no serviço noticioso do Público "Última Hora".

domingo, 16 de março de 2008

UM ANÚNCIO


A frase que acompanha a designação da marca é muito poética: "Um chá raro, lapidado por quem sabe".

Para além do pacote do chá, a saqueta que contém as ervas que constituem o chá lembra pirâmides, as do Egipto ou a da nova entrada no museu parisiense do Louvre. A pirâmide conota uma obra do homem, a aproximação da arte à natureza - como quem lapida um diamante.

Há uma referência directa ao produto, não aparece nenhum rosto humano jovem, feminino ou masculino, como nos outros mupies se descobrem, o que é um sinal de singularidade. O fundo da imagem é escuro, conotando intimidade, tempo de ter muito tempo. As ervas, do modo como se colocam, parecem residir no fundo do mar, uma jazida de algas - tranquilidade e agrado de estar onde se está.

INTERTOON


Muitos dos cartunes referem a vida da cidade da Guarda e da região onde Luís Veloso vive. O seu blogue Intertoon, de "Alguns momentos de HUMOR imaginados e criados no planeta TERRA" é muito interessante, pois combina a crítica política mais geral e cenas do quotidiano mais local. Quase sempre usa dois quadradinhos para contar a sua história, com personagens tipificados - o casal em torno de uma mesa ou dois amigos lendo o jornal e reflectindo acontecimentos recentes, o funcionário público versus um cidadão recorrendo aos serviços do Estado, visões de D. Quixote e Sancho Pança (em Portugal), o paciente com o psicanalista. A apreciar.